Nos pés de vinte e três
Felipão escalou sua seleção. Foram
anunciados os 23 nomes responsáveis por tentar manter no Brasil a taça do mundo,
dando o hexacampeonato ao país cinco vezes campeão da Copa. Ao assumir, Scolari
pegou a equipe nacional sem uma base definida, e longe de existir uma lista com
boa parte dos nomes garantidos no mundial. Já na Copa das Confederações, pouco
tempo depois do início de seu trabalho, o experiente treinador conseguiu não só
formar o time titular da Copa de 2014 como recuperou – ou encontrou – jogadores
como Fred, centroavante que Mano Menezes tardou a convocar frequentemente.
Definiu, também, a dupla de volantes, formada por Luis Gustavo, não lembrado
pelo ex-técnico, e Paulinho, que sai pro jogo e marca como poucos. Neymar nunca
jogou tão bem pela seleção como sob o comando de Felipão, Oscar carimbou sua
passagem, apesar de ter trocado o número da camisa com o craque do Barcelona, e
até Hulk deixou de ser constantemente criticado pela torcida.
A diminuição das criticas é um dos
pontos de maior relevância trazido por Luiz Felipe Scolari. A história do
treinador no futebol o conferem respaldo necessário para haver menos dúvidas
sobre o trabalho que se conduz na seleção. Deixou de existir o clima de
incerteza que era comum na época do atual técnico do Corinthians, devido à
falta de conquistas em sua ‘‘gestão’’ e pelo fato de aquele ser seu primeiro
trabalho com uma equipe nacional. Nenhum desses fatores sobreviveu à parceria
Felipão-Parreira.
Mas nem a quase certeza da lista final,
o título da Copa das Confederações e as costas largas de Luiz Felipe excluíram
certa polêmica na relação dos 23 nomes escolhidos para a Copa do Mundo. Porém,
quando o nome mais criticado é o suplente não imediato dos zagueiros reservas,
percebe-se que a tempestade pode estar acontecendo em um copo d’água. Dante é a
primeira escolha na necessidade de se substituir Thiago Silva ou David Luiz.
Miranda seria uma escolha mais viável para o lugar de Henrique, sem dúvidas,
uma vez que o ex-beque do São Paulo é virtual campeão espanhol com o Atlético
de Madrid, clube finalista da atual edição da Champions League. Mas, potenciais
injustiças a parte, Henrique não comprometerá.
De resto, a lista dos vinte e três
nomes está na boca do povo de maneira tal que me abstenho de aqui citá-la em
sua totalidade. Os que lá estão garantiram sua vaga de alguma maneira durante a
segunda passagem de Felipão na equipe brasileira. Terão a chance de provar, na
Copa do Mundo, o motivo não só de tal confiança, mas também o de terem conseguido
um lugar no mundial. A força desta equipe, porém, terá de vir de fora. Não só
das arquibancadas, mas das ruas, do clima que terá de envolver o país durante o
evento. Longe do discurso ufanista da ‘‘Copa das Copas’’, a equipe de futebol
nacional precisa disso. No caso da improvável ausência da energia petiscada na
Copa das Confederações, outra nação pode ser a dona da festa no Maracanã, no
dia 13 de julho. O grande favorito, porém, acima de Espanha, Argentina e Alemanha,
não poderia ser diferente: É o Brasil, representado pelos pés dos escolhidos a
dedo por Felipão.
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