O retorno, agora pelas ondas do Rádio


O Toque de Bola por Yuri Coghe retorna em uma nova mídia. Agora, nas ondas do rádio, através do programa Resenha na área, que vai ao ar semanalmente na Rádio Boa Nova FM, 96,3, na Baixada Santista. O projeto tem a apresentação de Lucas Olivan e os comentários, além de Yuri Coghe, de Leandro Maia, Danielle Cameira e Giancarlo Giulieti.

Veja abaixo os dois programas veiculados até o momento:

https://soundcloud.com/leandro-maia-684947283/resenha-na-area

https://soundcloud.com/leandro-maia-684947283/resenha-na-area-2-070516
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Três vezes Cristiano Ronaldo


Em 2014, não teve pra ninguém. Cristiano Ronaldo encheu os olhos de todos que o viram jogar futebol, e arrebatou pela terceira vez – a segunda consecutiva – o prêmio de melhor jogador do mundo, concedido, atualmente, pela FIFA e pela revista France Football. Para quem amargou a sombra por quatro anos seguidos quando o assunto era ser o melhor do mundo, afinal Messi levou os troféus pra casa de 2009 a 2012, os anos de 2013 e 2014 elevaram o astro português a outro patamar no esporte mundial. Após as duas conquistas, o atacante soma três vitórias no prêmio, estando ao lado dos gênios da bola Ronaldo e Zidane. Acima do trio, só Lionel Messi.

Mas, se depender de Cristiano, não será por muito tempo que o argentino será o único tetracampeão do prêmio. No próprio palco, em seu discurso após ter sido anunciado como o vencedor, a principal estrela do Real Madrid campeão europeu e mundial no ano passado disse em alto e bom português: seu objetivo era “apanhar” Messi na quantidade de troféus. O camisa 10 do Barcelona, por sua vez, parece iniciar a curva descendente de sua carreira. Engana-se quem pensa, porém, que a trajetória do vice-campeão do mundo em 2014 tenha deixado de ser um prato cheio de genialidade para se acompanhar. De fato, Messi é tão espetacular que pode adicionar um quinto troféu à sua coleção antes mesmo de Cristiano chegar no quarto título.

Diferente de sua última conquista, na qual Ronaldo tirava um peso enorme das costas por não conquistar a honra desde 2008 – e não ter conseguido levar a bola de ouro para casa desde que chegou ao Real Madrid no ano seguinte -, o que o fez chorar e protagonizar uma bonita cena quando levou seu filho ao palco, o mais novo três vezes melhor do mundo estava tranquilo. Com 61 gols em 60 partidas, seu ano tinha sido para ninguém botar defeito. Além da incrível quantidade de gols ser maior do que a de partidas, títulos e mais títulos rechearam o belo ano do Real Madrid: a primeira Champions League do craque lusitano com a camisa merengue, o mundial de clubes, a Copa do Rei e a Supercopa da Europa. Apenas na Copa do Mundo, quando jogou contundido, seu desempenho foi abaixo da média, e Cristiano deixou a competição com apenas um gol marcado.

E era esse justamente o único ponto que trazia dúvida acerca de quem seria eleito o melhor do mundo, e fez o nome a ser anunciado permanecer uma incógnita até o momento da abertura do envelope, embora fosse notório o favoritismo do português. Há quem defenda que, em ano de Copa do Mundo, um integrante da equipe vencedora do mundial deva erguer o troféu de melhor do mundo. Por isso, alguns queriam ver o goleiro Manuel Neuer levando a honra.

O pensamento purista é um ledo engano, e não há como fugir do lugar comum para rebater tal tese. No futebol atual, os grandes clubes são verdadeiras seleções, e torneios como a Champions League se tornam igualmente ou até mais importantes no cenário mundial. Necessário fosse mais um argumento, bastaria dizer que a equipe campeã da Copa faz apenas sete jogos. Não é justo oferecer uma honra tão importante como uma singela homenagem à um dos titulares da seleção que adicionou mais uma estrela na camisa, em detrimento de quem foi constantemente supremo durante todo o ano. Ao melhor do mundo, o que é dele de direito, portanto, e que Cristiano comemore e continue a agraciar o mundo com seu talento. 
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Megalomanias fracassadas


             As contratações de Alexandre Pato, pelo Corinthians, e Leandro Damião, pelo Santos, podem ser descritas como completos fracassos. Os jogadores não corresponderam dentro de campo, acabaram negociados com rivais de campeonato brasileiro e viraram uma dor de cabeça para as diretorias dos clubes, que têm de correr atrás para fazer o prejuízo ser o menor possível.

             Pato veio ao Corinthians por 15 milhões de euros, o que representava cerca de R$ 40,5 milhões na época da transação, em janeiro de 2014. Cercado de desconfiança devido aos problemas físicos que enfrentou em sua passagem pela Europa, o jogador foi curado pelo Corinthians. O problema foi dentro de campo. Tendo de disputar posição com o ídolo Paolo Guerrero, já que o esquema de Tite possuía apenas um atacante, o recém-contratado tinha de cair pelas pontas, posição que está longe de ser sua especialidade, ou se contentar com poucos minutos em campo, geralmente no fim das partidas.

             Ainda que marcasse um gol aqui e outro ali, o camisa 7 não tinha tranquilidade para trabalhar. A etiqueta de R$ 40 milhões que estava colada em si era o principal motivo. A equipe, também, não ajudava. Sem criatividade e com pouquíssimos gols marcados, o segundo semestre de 2013 foi marcado por um futebol patético no Corinthians. Se nem Tite resistiu, não era Pato que iria. No fim do ano, o clima do atleta era zero. A torcida questionava o “desperdício” que tinha sido a sua contratação e cobrava mais comprometimento. Já os jogadores do elenco campeão da Libertadores e do Mundial em 2012 queriam mais reconhecimento, e viram em Pato a representação física do oposto disso. Afinal, era dele o foco da imprensa e dos esforços financeiros do clube.

             Mais melancólica que sua passagem pela equipe, só mesmo a saída. Após ter sido oferecido a inúmeros clubes, o São Paulo foi o que restou. A única solução foi negocia-lo com o rival, e vê-lo fazer boas partidas pelo tricolor do Morumbi enquanto metade de seu salário, cerca de R$ 500 mil, eram bancadas pelo Corinthians. Quando o contrato de empréstimo vencer em dezembro deste ano, o alvinegro terá de procurar um destino para o jogador, procurando vende-lo pelo valor mais alto possível, a fim de minimizar ao máximo o prejuízo.          

              São poucas as diferenças na história de Damião. Trazido por um grupo de investidores, a ideia era que o centro-avante brilhasse no Santos e fosse vendido por altos valores, gerando lucro. Descobriu-se, depois, porém, que o Santos teria de arcar com o valor cheio da transação, com um “bônus” de 10% ao ano. O camisa 9 repetiu a fraca temporada que fez pelo Inter em 2013, passando longe de encantar a torcida do alvinegro praiano. Agora, emprestado ao Cruzeiro, a aposta santista é que o artilheiro dos Jogos Olímpicos de 2012 reencontre o seu melhor futebol, percorrendo caminho similar ao de Marcelo Moreno, que veio por empréstimo do Grêmio para ser um dos destaques do tetracampeonato cruzeirense no ano passado. O Santos conta com a vitrine da Libertadores para que o jogador se valorize no mercado, e, assim como Pato no Corinthians, uma boa venda faça o prejuízo ser o menor possível.

             Só quem pode se beneficiar de tais megalomanias fracassadas são dirigentes de outros clubes, caso percebam que não se pode trocar as mãos pelas pernas e aprontar loucuras financeiras para adicionar apenas mais um jogador ao plantel.




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Estaca zero


         Dunga fez sua primeira convocação em sua segunda passagem como técnico do Brasil. Embora as listas de selecionados nunca agradarão a todos, o certo é que Dunga não era o nome para conduzir a reforma necessária na Seleção Brasileira. A equipe nacional não precisa de um xerifão, e sim de alguém que projete um trabalho voltado a devolver o futebol bem jogado, competitivo e moderno à camisa que diversas vezes encantou o mundo com a bola nos pés. Porém, como José Maria Marin e Marco Polo Del Nero não são os caras a comandar uma reformulação no futebol brasileiro, reestruturando-o de forma completa, fazendo da seleção a consequência da somatória de inúmeros pontos, o capitão do tetra ganhou, novamente, a chance de ocupar o cargo de treinador.

         Seu objetivo é claro: vencer a Copa do Mundo de 2018, ainda que o necessário seja implantar uma filosofia e modo de trabalhar e jogar que renda frutos para a seleção a médio e longo prazo, alcançando sucessivos mundiais da FIFA. A visão curta e estreita de quem o incumbiu de tal missão faz reiniciar o ciclo da seleção brasileira: esperança e promessa de mudança ao anúncio do novo treinador, boas partidas e eventuais títulos e expectativa para a Copa, seguida de fracasso, que resulta na saída do técnico como vilão, ou em conquista, a qual o tornaria herói. Para os dirigentes, a conquista da Copa de 2018 resumiria a contratação de Dunga como sucesso. Para o futebol brasileiro, o título seria mais um buraco tapado - prática tão comum na CBF quanto nos clubes - que, na superfície, aparenta melhoras substanciais, mas esconde, submerso, todas as necessidades de mudança que o futebol brasileiro clama, atualmente.

         Em meio a opiniões similares e diferentes, Dunga convocou sua primeira lista, marcando o suposto início de novo ciclo. Dos 22 nomes, dez estavam no grupo que disputou a última Copa, o que indica certa renovação, embora não exista caça às bruxas. Destes, apenas Maicon e Hulk deveriam ter ficado de fora para dar lugar aos mais jovens Rafael, do Machester United, e Lucas Moura, do PSG. Das novidades, o olhar atento ao futebol nacional levou os destaques do Cruzeiro Everton Ribeiro e Ricardo Goulart à seleção, assim como Diego Tardelli, do Atlético-MG e Gil e Elias, do Corinthians. "Da Europa", Philliphe Coutinho, camisa 10 e destaque do Liverpool, Miranda, Filipe Luis e os campeões da Libertadores com o Santos em 2011 Danilo e Alex Sandro, hoje no Porto, além de Marquinhos, promissor zagueiro do PSG, foram chamados.

         Com a convocação, o clima de "nova era" toma novamente a Seleção Brasileira, mostrando o quão circular é o caminho da equipe nacional, que inicia tudo do zero após o fracasso do mundial de 2014. Que analisemos os anos, partidas e convocações de Dunga como treinador do Brasil sem perder de vista as necessidades tão expostas e discutidas após a vexatória eliminação para a Alemanha. Do contrário, após a próxima Copa, o que deve mudar no futebol brasileiro voltará a ser discutido apenas até que o novo técnico anuncie sua primeira convocação, e o erro se repetirá mais uma vez.
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Pela supercopa do Brasil


         Um formato comum de torneio pela Europa é a chamada "supercopa". A taça, disputada em jogo único, na maioria das vezes, é o encontro entre o campeão da liga e da taça nacional da temporada anterior, em partida que, geralmente, abre o ano futebolístico de determinado país. Ainda que o clube vencedor não comemore a conquista da supercopa como um grande título e a torcida não considere o ano bem sucedido apenas por ter visto sua equipe levantar tal troféu, a data é muito aguardada pelos entusiastas do futebol dos países que contam com o torneio. No Brasil, porém, o formato não existe, embora a CBF estude implanta-lo já no ano que vem.

         Na supercopa do Brasil de 2014, por exemplo, o atual campeão brasileiro, o Cruzeiro, enfrentaria o Flamengo, que venceu a Copa do Brasil do ano passado. A data mais própria para o embate, de acordo com o "modo de fazer" dos europeus, seria antes mesmo dos estaduais, colocando a partida como a primeira de uma nova temporada do futebol brasileiro, e o encontro, disputado em jogo único. Após a Copa do Mundo no país, o que não faltam são estádios de alto nível para abrigar a taça, sendo a sede itinerária, sempre neutra perante as duas equipes. Outra hipótese seria usar o estádio nacional de Brasília para abrigar a partida ano após ano, fazendo da capital o palco do torneio.

         O Brasil já contou com a supercopa em sua história. Em 1990, o Vasco, campeão brasileiro, teria de enfrentar o Grêmio, vencedor da Copa do Brasil do ano anterior, pela primeira edição da taça no país. Por falta de datas no calendário, ficou acertado que os encontros das equipes na primeira fase da Libertadores daquele ano decidiriam o campeão. Após ter vencido em casa por 2 a 0 e empatado fora sem gols, o Grêmio espera até hoje o troféu da CBF. No ano seguinte, o Corinthians, campeão brasileiro, bateu o Flamengo, vencedor da Copa do Brasil, por 1 a 0 para ser supercampeão. A equipe carioca chegou a vencer uma espécie de supercopa em 1992, mas o embate com o vencedor da segunda divisão do ano anterior, o Paraná, foi definido como um troféu amistoso, e não oficial.

         Embora a criação da supercopa do Brasil seja necessária dentre os passos de adequação do futebol brasileiro, os comandantes da CBF não fazem mais do que a obrigação ao estudar a reativação do torneio. Após aumentar o período de pré-temporada dos clubes ao achatar as datas de jogos do futebol nacional e falsamente livrar as datas fifa de partidas de clubes brasileiros, ao marcar os encontros para um dia antes, a supercopa pode vir a ser tratada como um ponto positivo da entidade máxima do futebol no país. Na verdade, a competição já vem tarde. O atraso, ao ser eventualmente corrigido, fará bem ao esporte no Brasil, mas sãos os problemas estruturais que devem ser colocados como prioridade. O clube que vencer a supercopa de 2015, se esta realmente for realizada, se colocará prontamente a almejar objetivos maiores já no mesmo ano. O mesmo deve fazer a confederação brasileira de futebol, com ou sem a criação do torneio.
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De volta ao Brasileirão


  Durante o período de Copa do Mundo, o brasileiro não apenas pode assistir a futebol de alto nível, como o viu de perto, já que o Brasil sediou o mundial da FIFA. Com o fim do torneio, porém, a realidade do futebol brasileiro atual volta a ser exposta. Além do anseio de mudança por parte de muitos, as competições nacionais voltam e trazem consigo a discussão da qualidade da bola jogada no país, que tem sido abaixo da média.

  Claro que há exceções. O Cruzeiro, por exemplo, continua praticando o futebol ofensivo e atrativo que o conferiu o título do ano passado. Por isso, o lado azul de Minas Gerais é franco favorito para comemorar mais uma conquista na liga brasileira no fim do ano. Assombroso para os rivais, o sucesso do Cruzeiro passa pelo recheado elenco, uma vez que o clube não tem poupado fundos para trazer jogadores de boa qualidade e que seriam fundamentais em qualquer equipe do brasileirão, e pelo treinador. Marcelo Oliveira, no cargo desde dezembro de 2012, é o responsável pela movimentação e coesão da equipe. Além da capacidade do técnico, o tempo na função é tão fundamental quanto. Marcelo é quem está a mais tempo no cenário nacional na mesma cadeira de treinador.

  Segundo colocado, o Corinthians tem um elenco de qualidade, bastante elogiado pela mídia. De fato, há grandes jogadores no alvinegro paulista, dando ao treinador Mano Menezes o material humano necessário para grandes conquistas. Contudo, é necessário paciência. Em seu primeiro ano de trabalho na volta ao clube, e com o Cruzeiro como rival, parece não ser dessa vez que Mano comemorará o primeiro título do brasileirão de sua carreira. A Copa do Brasil, porém, é uma boa frente para o clube comemorar não só um título na temporada, mas também a vaga na Libertadores.

  Na briga pelo G4, por hora, Internacional, Santos, Sport e Fluminense se juntam as duas equipes já citadas para batalhar pelo grupo de acesso à Libertadores. De nomes renomados na parte ofensiva, como Kaká, Pato, Alan Kardec, Ganso e Luís Fabiano, o São Paulo deve criar uma equipe para se credenciar a tal disputa. A tarefa não é fácil, e Muricy Ramalho tem um desafio pela frente. Tarefa mais complicada tem Ricardo Gareca, do Palmeiras. O treinador que tem recebido mais atenção da imprensa pelo fato de ser estrangeiro do que pelo cargo que ocupa, não conta com uma equipe qualificada, e passar longe do rebaixamento pode ser considerada uma boa campanha para o alviverde.

         A torcida agradece a volta do futebol nacional, após a parada para a Copa do Mundo. Para quem quer ver um espetáculo de alto nível com as estrelas do futebol mundial jogando o fino da bola em gramados perfeitos e estádios lotados, porém, o futebol europeu retorna em agosto. Campeonatos inglês e alemão, além da Champions League, são boas pedidas.
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Piada de mal gosto


         É uma utopia pensar que, após o vexame encarado pelo Brasil na semifinal da Copa do Mundo, José Maria Marin e Del Nero seriam os caras a comandar uma reformulação no futebol brasileiro. Não serão os ultrapassados líderes da CBF, que alternarão a presidência e a vice do cargo no ano que vem, após eleição estrategicamente antecipada para antes do mundial de 2014, que liderariam a reestruturação e fariam da seleção a consequência da somatória de inúmeros pontos que precisam urgentemente de uma revisão.

      Contudo, a situação ficou ainda pior. Em uma decisão apressada e de visão estreita, Gilmar Rinaldi e Dunga foram anunciados como coordenador de seleções e treinador da seleção principal, respectivamente, quando Leonardo e Tite pediam passagem para tais funções. Tetracampeão mundial em 1994, assim como Dunga, Rinaldi foi empresário de jogadores por 14 anos, função que exerceu até um dia antes de ser anunciado como o novo coordenador de seleções. A incongruência dos dois ofícios foi tema de uma carta aberta do deputado Romário, que criticou ferrenhamente a contratação de Gilmar, a quem classificou de incompetente e sem personalidade, além de expressar o desprazer de terem sido companheiros de trabalhado no Flamengo, em 1999. Já Dunga representa um passo atrás. O treinador, que comandou a seleção brasileira de 2006 à 2010, não era o nome para conduzir a reforma necessária na equipe nacional, que, no momento, não precisa de um xerifão.

          Após o trauma das negativas de José Mourinho, do Chelsea, e Manuel Pellegrini, do Manchester City, Del Nero limitou a procura da CBF para técnicos brasileiros. Nesse ponto, Tite era o mais preparado. Após ser campeão brasileiro, sul-americano e mundial com o Corinthians, passou o ano de 2014 inteiro apenas estudando futebol, comparecendo a partidas na Europa e adquirindo mais conhecimento para sua certa contratação pós-copa por parte da seleção brasileira - o que não ocorreu. Ninguém estava mais preparado que o treinador, que é um dos poucos do panorama nacional que demonstra o interesse em evoluir e estudar, grupo do qual Dunga não faz parte. Já Leonardo vive o futebol europeu como dirigente desde 2002, e conhece o modelo que tem de ser humildemente seguido pelo Brasil como poucos. Depois de trabalhar no Milan por 7 anos e ter uma passagem pela rival Inter de Milão, ajudou o rico Paris-Saint-Germain a compor o bom elenco que hoje possui.

          A contratação de Leonardo para a função de coordenador de seleções dependia de uma conversa com Marin e da definição dos últimos detalhes, segundo jornais. Tais detalhes nunca foram acertados. Gilmar Rinaldi e o treinador Dunga não convencem a ninguém. É mais do mesmo para a seleção, que clamava por uma reestruturação do futebol brasileiro para este voltar a ser a melhor do mundo. Se isso não vem pelas mãos dos atuais comandantes, pensava-se que estes ao menos seriam capazes de colocar funcionários capacitados para as duas funções mais importantes da seleção. Tite e Leonardo serem preteridos por Gilmar Rinaldi e Dunga parece uma piada de mal gosto.
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