O Corinthians sem Mano


Gostaria que o título deste artigo fosse O Corinthians de Adilson Batista, mas sou obrigado a me render ao novo técnico da seleção brasileira, e admitir que, pelo menos até agora, o Corinthians de Adilson não faz jus a um time com ambições de levantar a taça ao final da temporada.

Um time confuso, desorientado e aflito, assim se define o Corinthians. O alvinegro que ainda nesse mesmo campeonato já foi um time que atacava por natureza, agora mostra um desespero para atacar, talvez pela pressão por resultados, pois já não ostenta a primeira colocação no campeonato, agora ocupada pelo Fluminense, um time competente, adjetivo que não se encaixa nesse Corinthians de hoje.

Adilson encara complicações enfrentadas por qualquer técnico em começo de trabalho, até mesmo os que começam com bons resultados. Complicações estas que pela competência do treinador e pela qualidade do elenco deverá ser suplantado, mas, os pontos desperdiçados para tal podem fazer falta na última rodada do Campeonato Brasileiro.

E caso siga uma sequência de maus resultados, fantasmas recentes podem atrapalhar o clima do parque são Jorge, já que motivos pessoais levaram um dos melhores goleiros do Brasil à rescisão de contrato, o numero de jogadores insatisfeitos no plantel é grande e aumenta, Ronaldo procura apenas um grand-finale, entrando assim em conflito de interesses com um Corinthians que procura desesperadamente uma salvação para o grande plano do centenário, sem falar da eliminação da Taça Libertadores.

Em um campeonato tão difícil como o Brasileiro, erros cometidos com a competição já em andamento podem ser fatais para os planos corintianos, e o torcedor que sonhou com o título da libertadores pode amargar não somente a perda do título, como a falta de uma mísera classificação para a próxima edição.
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Yuri Coghe Carlos Silva
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Os novos talentos e a mídia


Frequentemente sou questionado sobre minhas continuas críticas direcionadas ao novo trio dos meninos da vila, especialmente à Neymar. Os alvos de minhas conversas e discussões sobre futebol não compreendem os motivos de tamanhas acusações, pois talvez estarem influenciados pela quantidade desenfreada de elogios e adoração por parte da mídia esportiva brasileira. Mídia que, recentemente, vem verdadeiramente endeusando certos jogadores, ainda mais aqueles que apresentam um futuro brilhante a sua frente, visto sua baixa idade e sua qualidade quase sempre espetacular, que faz qualquer amante de futebol parar e contemplar uma verdadeira obra de arte sendo construída diante de seus olhos.

Não vou aqui tecer uma série de disparos à atual mídia esportiva - talvez faça-o futuramente -, mas negarei esta recente ''mania'' de atribuir adjetivos que deveriam ser reservados aos já consagrados ídolos do futebol mundial, aqueles que nos fizeram amar e construíram o futebol hoje conhecido, a novos jogadores que nada mais tem do que um futuro, um potencial e uma chance. Isso, além de pré-conceituar determinado espectador, quando este deveria tirar suas próprias conclusões - termo amplamente utilizado mas pouco praticado na mídia atual - acaba por dar a falsa ideia ao jogador de que ele é um jovem que joga futebol, e não um jogador de futebol jovem.

Aqui, cito mais particularmente Neymar, porém, quantos ''Novos-Ronaldos'', `'Novos-Pelés'', ''Novos-Zicos'' já vimos por aí e quantos realmente se concretizaram, chegarando perto de parte da história de quem realmente merece ser chamado de gênio, de fantástico, de deus-do-futebol.

Não que desconfie ou coloque em dúvida a real capacidade destes atletas do Santos FC, afinal, a técnica demonstrada no Campeonato Paulista de 2010, do qual saíram vencedores, é maior do que qualquer argumento que qualquer um possa colocar. Discuto aqui o que poderá acontecer com esses atletas. Será que confirmaram as expectativas ou serão queimados pela carga e peso colocado não só em suas cabeças mas como em seus pés, acabando assim com o futebol leve que certa vez desempenharam.

Na verdade, não sou um crítico desenfreado. O que estou na verdade, é preocupado. Pois, em meus poucos anos de futebol, percebi que antes do jogador, vem uma pessoa, um caráter, no caso de jovens, ainda em formação. E o que esperar de pessoas que com menos de 20 anos de idade recebem como presente o mundo, por algumas jogadas realizadas contra times de baixo valor.

E o que temia, ainda que não com tanta rapidez, acaba por acontecer. Ainda no Santos FC, displicência, firulas excessivas, e uma incrível falta de técnica atingem Neymar. Não o estou perseguindo, afinal, André já esta pensando em se isolar no mundo num fraco Dínamo de Kiev, da Ucrânia, e Ganso mostra uma incrível capacidade não só em campo, mas também de suportar e tirar frutos de pressão.

No futebol brasileiro, o comprometimento não é tão necessário, e fracas atuações são rapidamente esquecidas por elogios as antigas atuações contra fracos times do interior de São Paulo. Mas, como infelizmente o destino de todo grande jogador é a Europa, Neymar precisa entender que lá, comprometimento é essencial, e fracas atuações resultam em amargar um banco de reservas, e ver seu substituto, muitas vezes menos talentoso que você, brilhar.

Afinal, quando um jogador não vai bem dentro de campo, ele procura resolver isso fora dele, e lá, um brasileiro frustrado encontrará apenas um clima frio, um idioma diferente e estranho, e percebe que o mundo é diferente daquele que lhe foi lhe dado por atuações e jogadas contra Rio Claro, Mirassol e Sertãozinho, quando ele era tão jovem e tão despreparado para enfrentá-lo.

Não estou torcendo por um fim futebolístico trágico para não só Neymar como pra outros jogadores, longe disso, quero que todos confirmem esse grande potencial e se gravem seu nome na história futebolística. Porém, não ficarei surpreso se, ao invés de um ''Novo-Pelé'', vermos um ''Novo-Robinho''.
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Yuri Coghe Carlos Silva
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Apresentação

Análises de um jovem fã de futebol. Assim se descreve o "Toque de Bola, Por Yuri Coghe" , o novo blog que traz ao leitor uma visão jovem, crítica e entusiástica desse mundo que move multidões, embalando torcidas e encantando nações: O Futebol.

Muito mais que um jogo, o Futebol (sim, com letra maiúscula) será retratado neste blog com muito carinho e emoção, por minha parte nos posts e pela de vocês nos comentários. Vamos fazer deste o nosso ponto de encontro para falar do que mexe com nosso coração e com nosso sistema nervoso, torcendo a favor, ou até contra, afinal, se o futebol é tão grande isso se deve também as rivalidades.

E como nesse mundo do futebol nada é melhor do que falar sobre o mesmo, concordando, discordando ou xingando o juiz, conto sempre com a sua presença por aqui!

Apita o Juiz, começa o Blog!
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Yuri Coghe Carlos Silva

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