Bósnia ficará no Guarujá, mas não vem à passeio para a Copa
Só com o país sediando uma Copa do Mundo de futebol é que a população pode ter noção do que envolve receber um evento esportivo deste tamanho e importância. Entre os vários aspectos de organização que cabem à nação e não exclusivamente à FIFA, há as chamadas sub-sedes, cidades escolhidas para recepcionar, oferecendo hospedagem e local de treinamento, para uma ou mais das 32 equipes nacionais que disputarão o torneio no Brasil.
Guarujá não
ficou fora dessa. O município, que recebeu a visita de delegações sul-coreana e
suíça, por exemplo, foi confirmado, ainda no ano passado, como sub-sede da
Bósnia e Herzegovina, única seleção estreante em mundiais que vem para o
Brasil. A inexperiência da equipe em copas, porém, passa longe de significar
que a seleção bósnia não consiga um bom desempenho na competição.
Com o quarto
melhor ataque das eliminatórias europeias e com apenas seis gols sofridos, a
Bósnia liderou o grupo G da fase classificatória do velho continente. A chave, do qual também fazia parte a Grécia,
que conseguiu vaga para a copa através da repescagem, não possuía uma campeã
mundial, fato do qual os dragões souberam tirar vantagem. O grupo dos europeus
na Copa do Mundo, porém, possui uma seleção campeã do mundo, e trata-se de uma
bem conhecida por brasileiros. A Argentina faz seu primeiro jogo na copa contra
os bósnios, no Maracanã. O adversário e o palco são uma honra para a estréia
dos únicos caçulas desta copa, que tem chance de surpreender os rivais
brasileiros. Irã e Nigéria completam o grupo, o que deixa a seleção que
treinará no reformado Estádio Municipal Antônio Manuel Fernandes em boas
condições de passar para a próxima fase logo em seu primeiro mundial.
Toda essa
confiança no plantel bósnio tem seus fundamentos. Onze jogadores dos vinte e
três convocados da seleção européia jogam nas principais ligas do velho
continente. Sete na Alemanha, dois na Inglaterra e dois na Itália. Os outros
doze atletas se dividem entre Sérvia, Croácia, Turquia, Ucrânia e China, além
de Turquia e Áustria.
Da lista final
bósnia, quatro jogadores merecem destaque. Qualquer relação dos atuais dez
melhores centroavantes do futebol mundial sem Edin Dzeko, campeão inglês com o
Manchester City, é inválida. O atacante tem calibrado faro de gol e é o matador
que sua equipe pode contar para alterar o placar nos jogos da Copa do Mundo. No
outro lado do campo, Asmir Begovic, que também disputa a liga inglesa, pelo
Stoke City, é um bom goleiro que disputa uma liga muito mais competitiva que
Júlio César, titular da seleção brasileira, por exemplo. Miralem Pjanic, desde
2011 no Roma, acabou de renovar seu contrato com a tradicional equipe italiana
até 2018. O bom meia divide a armação das jogadas com Zvjezdan Misimović. Hoje na china, o camisa dez da seleção bósnia tem em seu currículo
dez temporadas no campeonato alemão.
Comandados
por Safet Susic, ex-jogador da seleção bósnia, o que confere respeito ao
treinador e mais patriotismo à seleção, a simpática e estreante Bósnia tem tudo
para fazer uma boa Copa e sair do Brasil trazendo orgulho nacional na bagagem.
Que o banho de mar nas praias da Pérola do Atlântico e o apoio e a recepção do
povo guarujaense inspirem os dragões a fazer bonito em terras nacionais. E
ganhar da Argentina no Maracanã.
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