Até Quando?


No dia 8 de dezembro do ano passado, Luxemburgo rejeitava o gigante russo CSKA Moscow e o atual campeão da Copa Libertadores da América, o Internacional, para assumir por dois anos o Atlético Mineiro.

O clube de Minas Gerais estava empolgado por conseguir um técnico de renome, e lhe deu ótimas condições de trabalho, oferecendo-lhe não só um grande e estruturado centro de treinamento, mas também contratando suas recomendações para a comissão técnica.

Tudo parecia dar certo para ambas as partes. Luxemburgo parecia querer reviver seus dias de técnico vencedor, enquanto o Galo elaborava um planejamento que inflava de esperança sua torcida.

Contratações abusivas, com a desculpa de criar um plantel competitivo para o campeonato brasileiro. Dinheiro foi gasto com contratações e salários, além de criar-se ali, a mais cara comissão técnica do Brasil.

O título do Estadual de Minas Gerais foi conquistado, e o 2x0 contra o Ipatinga elevou a expectativa do clube mineiro, enquanto as 24 contratações de 2010 criaram um elenco grande, inclusive contestado.

Mas ao final do primeiro turno do campeonato brasileiro, o Atlético Mineiro de Luxemburgo se encontra na zona de rebaixamento, e com doze derrotas amarga a décima sétima colocação com apenas 17 pontos.

As críticas as contratações exacerbadas começaram a aparecer, inclusive alegando negociações direcionadas a favorecer donos de passe e empresários, até mesmo ligados à Luxemburgo.

Recentemente, Wanderley declarou que o Atlético Mineiro não cai, nem ele sai do comando, haja o que houver. Mas quando se chega ao ponto do presidente do clube alegar ser bom para alguns jogadores tomarem um "cacete" quando saem na madrugada, não podemos prever o que acontecerá.

A verdade é que Luxemburgo sobrevive por seu nome. Nenhum técnico no mercado brasileiro hoje sobrevive à tamanha promessa, tamanho gasto e uma décima sétima colocação de retorno.

O Título estadual conquistado não ameniza a situação, afinal, os quatro últimos títulos de Luxemburgo são estaduais, em passagens por Santos (2x), Palmeiras, e Atlético Mineiro, sendo que no Campeonato Brasileiro, depois de pressão e maus resultados acabaram em mais uma demissão.

Assim como Luiz Felipe Scolari, no Palmeiras e Leão (já demitido) no Goiás, Wanderley Luxemburgo sobrevive por seu nome, e não acompanham o mundo rápido do futebol, ficando assim, para traz em sua credibilidade, mas sempre vivos na memória esperançosa de cegos dirigentes do futebol brasileiro.
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Yuri Coghe Carlos Silva
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