quarta-feira, 10 de julho de 2013

América para os Brasileiros


            Após obter a melhor campanha na fase de grupos, ganhando cinco de seis partidas, o Atlético-MG continuou a caminhada na Libertadores passando por São Paulo e Tijuana, nas oitavas e quartas-de-final, respectivamente. Com a vantagem de decidir seus jogos em casa, o Galo se tornou, na fase semifinal, o único representante brasileiro na competição. Classificado para a final, é do clube alvinegro a chance de trazer a taça pela quarta vez seguida para o Brasil, fato tão inédito quanto a conquista do torneio por parte da equipe mineira.
            Precisando reverter o placar do jogo de ida, no qual o Newell’s Old Boys venceu por 2x0, na Argentina, o Atlético-MG não poderia esperar por um início melhor. Logo aos 3 minutos, Ronaldinho Gaúcho deu belo passe para Bernard abrir o placar e trazer o sonho da torcida para mais perto da realidade. Porém, a distância foi aumentado conforme a equipe do técnico Cuca criava chances e mais chances, sem convertê-las em gol. O primeiro tempo foi de superioridade de um Galo capaz de colocar em prática o seu futebol, ainda que seu adversário representasse um perigo constante, marcando bem e saindo ao contra ataque em várias oportunidades.
        O cenário não se alterou na segunda etapa, contudo, o tempo ia passando e a apreensão da torcida, crescendo. Esta atingiu o ápice da aflição quando os refletores da Arena Independência pararam de funcionar, há pouco menos de 15 minutos para o final da partida. O treinador usou o tempo para colocar os ânimos em ordem, além de promover, já com o jogo retomado, duas alterações que mudariam o rumo do resultado. Guilherme e Alecsandro entraram no Galo, que já tinha Luan, que foi a campo pouco antes da paralisação, como novidade. Com as luzes ainda apagadas, a torcida gritava ainda acreditar na equipe que, dentro de campo, representava o único meio de realizar o sonho dos milhões de atleticanos que poucas vezes estiveram tão desejosos por um gol em sua história.
           A finalização salvadora veio, após um bate e rebate na área que fez a bola encontrar Guilherme. O atacante, de fora da área, dominou e emendou para o gol de um vencido Guzmán. O sonhado placar não se alterou até o término da partida, levando a decisão para os pênaltis. Quando a série estava empatada em 2x2, um raro desperdício de quatro cobranças em sequência fez a última antes das alternadas ser decisiva. Ronaldinho fez o dele, se curvando para a torcida na comemoração. Victor, herói das quartas-de-finais, defendeu o chute de Maxi Rodrigues e colocou o Atlético Mineiro na primeira final da Libertadores de sua história.
           A equipe brasileira enfrenta na próxima quarta-feira, 17, o uruguaio Olímpia, tricampeão da Libertadores, pelo primeiro jogo da final. O embate entre Corinthians e São Paulo, valendo a Recopa Sul-americana, estranhamente marcado para o mesmo dia, trará outro triunfo continental para o Brasil, que poderá pintar a Libertadores de verde e amarelo por quatro vezes consecutivas pela primeira vez.

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