quarta-feira, 15 de maio de 2013

Erro humano




Terça-feira, 14. Data muito aguardada pelos Palmeirenses. A chance de decidir em casa o avanço para as quartas de final da Libertadores, competição na qual as chances de o Palmeiras passar da fase de grupos eram ridicularizadas, finalmente chegou. O Pacaembu, cheio, acompanhava o primeiro tempo, já em sua segunda metade. Até que, aos 26 minutos, Riascos chuta de forma desengonçada da entrada da área. Defesa fácil para o goleiro Bruno, que, aplaudido, logo repõe a bola em jogo para a equipe verde. Na sequência daquela jogada, um belo toque de bola no meio campo resulta na alteração do placar, que não mudaria dali para a frente. 1x0 para o classificado Palestra Itália.

Já no dia seguinte, ainda no mesmo Pacaembu, era a vez da torcida alvinegra fazer a festa. O Corinthians estava em campo contra o mesmo adversário que enfrentara na decisão do ano anterior, na qual o clube garantiu o seu primeiro título da maior competição da América. A situação era diferente, pois o resultado conseguido fora não era tão bom. O 1x1 do ano passado era melhor para as pretensões corintianas do que a vitória pelo placar mínimo conseguida pelo Boca Juniors no jogo de ida. Mas, para quem tem Romarinho, não há 1x0 do Boca que se sustente. Assim como no memorável primeiro jogo da final de 2012, o atacante do todo poderoso deixou sua marca no gigante argentino, encontrando as redes aos 23 minutos do primeiro tempo. A torcida, animada, conduzia seu time para a vitória por dois gols de diferença, necessária para a classificação. Esta veio, e no estilo Corinthians. Nos acréscimos do segundo tempo, Guerrero fez a fiel explodir de emoção ao mandar, de cabeça, a bola para o fundo das redes, após cruzamento do carrasco do Boca, Emerson Sheik. Mais uma vez, o Corinthians tinha superado o hexacampeão da Libertadores.

Infelizmente para o futebol brasileiro, nada disso aconteceu. Bruno engoliu um frango de dar pena até para o mais raivoso rival, e o gol legítimo de Romarinho foi invalidado. É fato que nunca saberemos como seriam os dois jogos caso o goleiro tivesse segurado firme e o bandeira deixado seu instrumento de trabalho abaixado. Porém, o futebol conta com um fator que o acompanha desde os primórdios da criação do esporte, e faz com que cada lance seja imprevisível e decisivo numa partida. Fator este que não é necessário, muito menos desejado pelos torcedores, mas, simplesmente, existe. O não tão bom, mas certamente velho, erro humano.
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Yuri Coghe Carlos Silva

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