terça-feira, 14 de maio de 2013

A lista de Felipão



A espera terminou. Após alguns testes realizados em amistosos, a lista final com os convocados para a Copa das Confederações foi revelada nesta terça feira, 13. Grande parte dos nomes anunciados já era esperada pelos torcedores e pela mídia, o que não impediu a ausência de surpresas. O atual melhor jogador brasileiro em território nacional, Ronaldinho Gaúcho, não está na lista, e o choque não para por aí. Ramires também não atuará na competição e a decepção pairou para quem acreditava em uma possível convocação de Kaká.

O melhor time do Brasil, atualmente, conta com dois integrantes na lista de convocados. Os convocados Réver, zagueiro, e Bernard, meia, são apenas dois dos jogadores do Atlético-MG que poderiam estar na Copa das Confederações. Marcos Rocha, bom lateral direito, poderia ter sido chamado no lugar de Jean, que nem lateral de origem é, mas foi convocado para tal posição. Comentar a ausência de Ronaldinho Gaúcho chega a ser desnecessária visto o futebol que o duas vezes melhor do mundo vem apresentando. Não ler o nome do craque em meio aos selecionados chega a ser tão frustrante quando ir à um show de Michael Jackson e não ouvir ''Thriller''.

Mas, deixando de lado Ronaldinho e o discurso retrógrado de Marin na cerimônia de anúncio dos convocados, clamando para que os Brasileiros se unam em uma corrente pra frente, ou deixem-no, a lista passa sem grandes revoltas. Sempre haverá discrepâncias em relação à um ou mais jogadores dentre os convocados, na qual nomes menores podem ser discutidos. Porém, é inegável que já se pode ver uma base no trabalho de Felipão. Também, já era hora! O que não pode ser aceitável passivamente pelos torcedores é o fato de Scolari não querer responder o motivo da não convocação de determinados nomes. É legítimo o interesse público na informação e o da imprensa de noticia-la. O que tenha faltado, talvez, seja ''peito'' do atual treinador para explicar seus critérios e ideais.

Dentro de campo, a seleção tem bons nomes. A defesa ''europeia'' composta por Daniel Alves, Thiago Silva, David Luis e Marcelo tem sido considerada nosso ponto forte, na teoria, por muito tempo, e o ataque, jovem, pode ser efetivo. Lucas, Oscar e Neymar são grandes jogadores, e se acharem a sintonia fina entre eles, podem render belas jogadas. Fred parece ter acabado com a dúvida sobre nosso camisa 9, e a dupla de volantes, ainda que indefinida, será leve e moderna. Contudo, não dá para se sentir totalmente confiante em relação a nossa seleção - sinto a mesma sensação quando ouço que Júlio César será nosso goleiro -, pois alguns adversários estão um passo acima de nossa preparação. Por esses e outros fatores, não devemos tratar a Copa das Confederações como obrigação, mas sim ve-la como a oportunidade de iniciar o trabalho que não foi feito desde a última Copa do Mundo. Montar um time competitivo capaz de representar bem a única camisa pentacampeã do futebol mundial.
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Yuri Coghe Carlos Silva

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